Coisas...

Bem, sei que parece estranho estar-vos a escrever a estas horas mas acabei de ler duas das melhores paginas que eu li em toda a minha vida... Confesso, não sou muito de ler, mas esta semana comecei a ler o 'Setimo Selo', um livro do jornalista Jose Rodrigues dos Santos.
E o que se passa é o seguinte, nao vou transcrever o que li para aqui porque seria um texto enorme e seria considerado plagio, mas vou-vos explicar!

O que acabei de ler foi uma passagem do livro em que a personagem principal está a procura dum lar para pôr a mãe, doente...

Não sei se é por acaso, obra do destino, foi porque alguem quiz assim, nem me interessa saber, mas so sei que este acontecimento veio ao encontro de alguns acontecimentos na minha vida! Podem achar um pouco deprimente e usual eu estar-vos a falar assim, mas as vezes faz bem pensar, reflectir e pensar em algumas questões que talvez nunca terão resposta. O que leva uma pessoa acabar a vida assim? Para que serve viver tanto tempo? Para que serve a tao aclamada poção da eterna vida?
Uma das frases que mais me marcou este ano foi: 'Toda a gente é criança duas vezes. Quando se nasce e quando envelhece!' E agora tambem li essa expressão no livro do Jose Rodrigues dos Santos.
A descrição do lar era numa hora de refeição...
Como diz e muito bem, o autor, a hora das refeições em grupo são sinonimos de acontecimentos sociais, em que o grupo fala, ria, se entretem a discutir sobre tudo e sobre nada, chegando ao ponto de se por a refeição em segundo plano e como pretexto para juntar o grupo! Ali não, era tudo diferente, parecia que a hora da refeição tinha um sentido de dever, talvez de obrigação, devia ser o ponto alto do dia pois era quando os idosos saiam dos seus quartos solitarios.
Agora começo a entender a tal expressão:
A primeira infância é a de brincar, rir, comer, dormir, fazer as proprias necessidades com ou sem ajuda e por ai fora.
A segunda infância é a de estar dependentes dos outros, esquecer-se de tudo um pouco a medida que o tempo vai passando, baralhando tudo, chegando ao ponto de alguem ajudar a lavar a propria pessoa e mudar-lhe as fraldas. E isto tudo depois de uma vida passada com dignidade, independente, a trabalhar para sustentar quem possivelmente o pôs ali naquele lar.

Estou a escrever-vos isto não por estar deprimido ou algo do genero mas sim para vos aconselhar a gozarem a vida! Agora lembrar outro autor, não de livros mas de musicas, Manel Cruz mas por outras palavras: não façam as coisas de prepósito ou com intenção, mas sim deixem-nas que elas simplesmente acontençam. Agarrem-se a cada momento da vossa vida com unhas e dentes antes que ele desapareça! Porque nunca saberão oq ue vos pode acontecer no futuro, proximo ou longinquo.

Agora vou ali descançar um bocado e um até sempre